sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Bom galera, chegou o fim do nosso semestre. Esperamos que todos tenham gostado do nosso blog e aprendido um pouco sobre a bioquímica do exercício físico! 


Uma última dica antes de dar tchau! =D


inForma 

Colesterol e Atividade Física

As enzimas desempenham um papel muito importante de regulação metabólica no organismo como controlar os níveis de colesterol e triglicerídeos de nosso organismo. A prática de exercícios pode alterar a produção dessas enzimas que controlam os níveis de gordura do nosso sangue e assim diminuir os níveis dos mesmos.


O beneficio da prática de exercício para a diminuição de triglicerídeos e colesterol é saudável para todos, no entanto, em pessoas sedentárias os resultados são mais satisfatórios, pois, uma sessão de exercitação tem o poder de alterar os níveis de triglicerídeos.

O processo bioquímico que envolve a pratica de exercícios e a diminuição do colesterol envolve, essencialmente, diferentes enzimas que desempenham funções distintas.

Uma enzima, denominada lipoproteinolipase, conhecida também como LPL, destrói os triglicerídeos. Encontra-se localizada nas paredes dos vasos sanguíneos e no coração, nos depósitos de gordura e nos músculos. Caso a lipoproteinolipase esteja em níveis reduzidos, o risco de doenças relacionadas ao sistema cardiovascular aumenta. 

Outra enzima, mas já em abundância, provoca risco ao coração também. A hepatolipase destrói o colesterol considerado “bom”, o HDL, além de certa parte ao ser destruída, torna se o colesterol “ruim”, o LDL.

Já alecitina colesterolacil transferase (LCAT), captura o colesterol, retirando-o das paredes arteriais.

Além dos inúmeros benefícios da atividade física citados em posts anteriores, ela também vai ajudar a manter o equilíbrio de colesterol em nosso corpo.

Este equilíbrio será feito da seguinte maneira: quando praticamos exercício físico há um aumento da circulação sanguínea, ocasionada em maior fluxo sanguíneo nas veias e nas artérias. Como sabemos geralmente problemas cardiovasculares estão associados ao excesso de triglicerídeos e LDL (gorduras) que se instalam nas paredes de nossas artérias.

Com o exercício físico regular e o aumento da circulação sanguínea não haverá riscos para uma possível aterosclerose

“Em geral, é necessária uma grande quantidade de exercícios para melhorar o nível de colesterol e triglicerídeos. Se for inativo você precisará se exercitar o equivalente a uma corrida ou caminhadas aceleradas semanais de 13 a 16 km (4 km/dia em 4 dias numa semana de 7 dias). Quantos mais quilômetros por semana, maior a queda do colesterol. O efeito do exercício pode ocorrer entre doze semanas e seis meses, ou seja, é um caminho longo, mas muito mais que um tratamento é um novo estilo de vida, muito mais saudável, pois além de diminuir o colesterol a atividade física melhora em muito a saúde.” (http://cyberdiet.terra.com.br/o-colesterol-e-a-atividade-fisica-5-1-4-248.html)

De acordo com pesquisadores o melhor exercício é aquele que vai lhe proporcionar prazer e tudo vai depender da frequência e se você o esta praticando da maneira correta. Mas a corrida por ser um esporte aeróbico vai proporcionar melhoras no sistema cardiorrespiratório.

Aqui estão de acordo com Renato Romani, especialista em medicina do esporte exemplos de exercícios e seus benefícios: 

Exemplo de um programa de exercícios:

  • Tipo de exercício
Ginástica aeróbica ou levantamento de pesos (você escolhe!)
A ginástica aeróbia é mais eficaz para aumentar o HDL.
A musculação é mais eficaz para reduzir o LDL.

  • Intensidade
Entre 75% a 85% da freqüência cardíaca máxima ou do nível 3 e 4 (entre 10) na escala subjetiva de esforço (escala de Borg), para a ginástica aeróbica.
Para musculação, o programa deverá seguir a capacidade do indivíduo

  • Freqüência
Pelo menos quatro vezes por semana para os aeróbios.
Pelo menos três vezes por semana para os anaeróbios (musculação).

MAS ATENÇÃO!!!!

Lembre-se que antes de qualquer atividade física um profissional da saúde deve ser procurado para que não haja riscos ou lesões durante o exercico.

Referências Bibliográficas:
http://www.einstein.br/espaco-saude/boa-foma/Paginas/atividade-fisica-mais-uma-aliada-contraocolesterol.aspx

Luana Mondori & Biobiocolesterol

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Leptina x Grelina

"O papel do exercício no controle de peso é geralmente associado com o efeito direto do déficit de energia durante a atividade física, que por sua vez cria um balanço energético negativo e leva à perda de peso. No entanto, é possível que o exercício físico possa influenciar a massa corporal indiretamente, exercendo alguma influência sobre a regulação do apetite (KING, NA et al, 2009)."

Neste post iremos falar um pouquinho sobre a Leptina e a Grelina, dois hormônios conhecidos por atuarem no controle do apetite, e como o exercício físico pode estimula-los ou inibi-los.


Leptina:
  • Esse hormônio age no hipotálamo inibindo o consumo alimentar fazendo que, em longo prazo, seja estimulado o gasto energético.
  • A leptina regula também a função neuroendócrina e o metabolismo de glicose e de gorduras e por isso, é responsável pela sensação de saciedade.
  • Estudos feitos por Olive e Miller (2001), mostram que o exercício físico prolongado e de intensidade moderada, diminuem os níveis plasmáticos desse hormônio 48h após a atividade. 
  • Tais estudos mostram também que atividades de curta duração e de máxima intensidade não afetam nos níveis plasmáticos desse hormônio.
  • Em obesos o sistema nervoso central possui um menor número de de receptores a esse hormônio, ou seja, há uma maior resistência a Leptina e menor sensação de saciedade.

Grelina:

  • Esse hormônio também atua no hipotálamo e, ao contrário da Leptina, a Grelina é um hormônio estimulador do apetite.
  • Outra função muito importante desse hormônio é de estimulador do GH (hormônio do crescimento). 
  • É relativamente novo, ou seja, não há tantos estudos diferentemente da Leptina.
  • Porém os poucos estudam mostram que o exercício físico pouco promove alterações nos níveis desse hormônio no corpo (MOTA, GR; ZANESCO, A, 2007). 

O exercício físico então não atua diretamente nesses hormônios, mas sim, age de forma de indireta por meio do déficit de energia durante a atividade e a partir daí, há atuação hormonal para controlar esse déficit. O que gera uma alteração direta são os receptores, que no caso dos obesos por exemplo, não são suficientes para gerar uma sensação de saciedade.


Referências Bibliográficas:
Artigo: Leptina, Grelina e Exercício Físico. GUSTAVO R. DA MOTA E ANGELINA ZANESCO.

Ítala Gabriela S. Negrini

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Alimentação Desportiva

A alimentação de um atleta deve ser diferenciada de um indivíduo sedentário devido o fato de um atleta ter um gasto de energia muito maior. O atleta está sujeito a muitos desgastes, por isso sua alimentação deve ser
monitorada como uma forma de prevenção e até mesmo reparação de danos causados pelo exercício. Pode se afirmar que, o atleta só terá seu desempenho ideal se o exercício estiver associado a uma alimentação adequada.

O nosso organismo utiliza diferentes substratos energéticos durante a atividade física, que podem ser a glicose, os ácidos graxos e os aminoácidos. A utilização de cada um depende da intensidade e da duração do exercício.

Cada organismo tem sua necessidade individual, por isso seria impossível definir uma alimentação ideal padrão. Mas, podemos ponderar várias considerações relevantes para a alimentação antes e depois do treino.

Alimentação pré-treino

Os principais objetivos da alimentação antes do treino é garantir um bom desempenho durante o exercício e a manutenção do glicogênio disponibilizando, assim, a energia para a realização do treino. Para suprir essas necessidades, o atleta deve escolher os carboidratos, que é a maior fonte de energia para o exercício muscular. Durante sua digestão, o carboidrato será quebrado em moléculas de glicose e armazenadas em forma de glicogênio, no fígado que é o glicogênio hepático, ou no músculo que é o glicogênio muscular. Essa alta concentração de glicose no sangue favorecerá o estado anabólico do atleta.

Alimentação pós-treino

O período pós-treino é o momento em que o corpo está induzido a fazer a síntese do glicogênio muscular, que é essencial para o atleta restabelecer a energia gasta durante o exercício. Além disso, durante o exercício, ocorrem micro lesões nas fibras musculares que devem ser reparadas. A ingestão de carboidratos é adequada para repor a reserva energética gasta durante o exercício, além de estimular a liberação de insulina que atuará na ativação de reações do anabolismo muscular. Junto ao carboidrato, deve-se ingerir proteínas que fornecerá aminoácidos necessários na reconstrução dessas fibras musculares danificadas pelo exercício.

Hidratação

Além da alimentação pré e pós treino, o atleta deve estar atento a hidratação. Durante o exercício, ele perde de 1 a 2 litros de líquido, que pode levar a desidratação, comprometer o seu bom rendimento, além de comprometer o crescimento muscular. Portanto, é fundamental a hidratação para total desempenho do exercício físico.



Referências Bibliográficas:

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Hormônio do Crescimento (GH)

Também chamado de "somatropina", o GH leva o nome "humano" por ser um dos únicos hormônios que possui a estrutura molecular diferente daquelas sintetizados por outros animais.



Sua liberação é controlada por um hormônio do hipotálamo: GHRH (Growth hormone release hormone) e é secretado pela hipófise. Dentre suas principais funções estão: 

  1. aumento da capitação de aminoácidos para a síntese protéica;
  2. Redução da quebra de proteínas;
  3. Acentuação da utilização de lipídios e diminuição da utilização de glicose para a obtenção de energia;
  4. Estimulação da reprodução celular (que é o crescimento tecidual);
  5. Estimulação do crescimento da cartilagem e do osso.

O GH estimula o fígado a secretar pequenas proteínas chamadas de "somatodinas" (ou fatores de crescimento semelhantes a insulina - Insulin like Growth factor) que atuam em conjunto com o GH aumentando seus efeitos.

Com o exercício a liberação de GH é estimulada por meio do estímulo a produção de proteínas que inibem a produção de "somatotastina" pelo fígado, um hormônio que reduz a liberação de GH. Por isso é recomentado a crianças que possuem nanisno a prática de exercício físico para ajudar na liberação do GH por meio da tentativa de inibição da "somastotatina".

Em idosos, ainda não se sabe o motivo (se é causa ou consequência da melhor idade), mas mesmo praticantes regulares de exercício físico, os níveis desse hormônio diminuem.
O GH é utilizado (aplicado) frequentemente entre atletas de modalidades que requerem mais força, causando a Acromegalia (crescimento dos ossos em espessura).


O GH e o sono:


A secreção do hormônio do crescimento é influenciado pelo jejum e por isso tem sua atividade mais pronunciada durante o período do sono. Aliás a secreção do GH é influenciado de várias formas. A queda brusca de nos níveis plasmáticos de glicose ou ácidos graxos, por exemplo, aumenta a sua produção, enquanto uma dieta rica em carboidratos ou uma carga de glicose pura provoca uma redução nos níveis plasmáticos do hormônio do crescimento. Porém não podemos deixar de fazer o exercício e optar apenas pelo sono. O exercício traz muito mais benefícios do que apenas inibir a somatostatina (hormônio que inibe a produção do GH), ou seja, o ideal e ter um equilíbrio entre a atividade e uma boa noite de sono.


Referências Bibliográficas:
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?501
http://www.palavrademedico.kit.net/tema22.htm
http://www.projetodiretrizes.org.br/4_volume/02-Baixaesta.pdf

Ítala Gabriela S. Negrini

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

METABOLISMO ANAERÓBICO X AERÓBICO

Primeiramente, metabolismo é o caminho que o nosso corpo faz para produzir e utilizar energia. Nós temos basicamente duas formas para obtenção de energia: pelo metabolismo anaeróbio e pelo metabolismo aeróbio. Essas duas vias formam uma combinação de sistemas de energia que abastecem o combustível necessário para o exercício, de acordo com a duração do exercício e sua intensidade determinando qual das vias será utilizada.


Metabolismo Anaeróbio:

É o processo químico e fisiológico que o corpo faz para produzir energia sem a utilização de oxigênio. Temos dois mecanismos para não utilização de oxigênio:
  • Mecanismo da Fosfocreatina (alático)



O caminho de energia ATP-CP (chamado de sistema creatina fosfato) fornece cerca de 10 segundos de energia e é usada para tiros curtos de exercício, como uma corrida de 100 metros rasos ou musculação. Este caminho não requer nenhum oxigênio para gerar ATP. Ele primeiro utiliza qualquer ATP armazenado no músculo (nos primeiros 2-3 segundos de exercício intenso) e, em seguida, ele usa a creatina fosfato (CP) para ressintetizar ATP até o CP acabar (dos 6-8 segundos). Como as reservas de creatina fosfato no músculo são muito limitadas, depois que o ATP e CP são usados ​​o corpo vai passar para o metabolismo aeróbio ou anaeróbio (lático) para continuar a formar ATP para o exercício. 
  • Mecanismo da Glicogenólise (lático)

A via de energia anaeróbica, ou glicólise, forma ATP a partir do glicogênio armazenado no músculo sem a utilização de oxigênio. É um sistema mais complexo que o da creatina fosfato que consite na progressiva degradação d glicogênio de modo a fornecer energia pra que duas moléculas de ácido fosfórico se unem a outras duas moléculas de ADP (processo chamado de fosforilação) obtendo novas moléculas de ATP. Como resíduos dessa reação temos duas moléculas de água e outras duas de ácido lático. Esse mecanismo é usado para exercícios de alta intensidade e não duram mais do que alguns minutos antes de o ácido láctico-up atingir um limite conhecido como o limiar de lactato que provoca dores musculares, sensação de queima do músculo e fadiga, tornando difícil manter tal intensidade.

Os ácidos láticos que irão se acumular nos músculos durante o metabolismo anaeróbico devem ser eliminados. Você pode fazer isso mudando para uma atividade que vai levar ao metabolismo, como por exemplo, passar algum tempo andando por aí, em vez de se sentar ou ficar parado.


Metabolismo Aeróbio:
No metabolismo aeróbico são sintetizadas moléculas de ATP necessárias para a atividades de longa duração. Ele usa o oxigênio para converter os nutrientes (carboidratos, gorduras e proteínas), para ATP. Este sistema é um pouco mais lento do que os sistemas anaeróbios, dependendo do sistema circulatório para o transporte de oxigênio para os músculos para tal produção de energia. Utilizado principalmente durante exercícios de resistência, que é geralmente menos intensa e pode continuar por longos períodos de tempo.

Os ácidos graxos e o glicogênio são clivados formando substratos para o ciclo do oxalacetato. Os elétrons vão para a cadeia transportadora de elétrons e são ser captado por moléculas de oxigênio não mitocôndria. Esse processo é capaz de ressintetizar em média 36 moléculas de ATP para cada molécula de glicose. Seu limiar é a quantidade de oxigênio transportado para as mitocôndrias.
                                                 
                                                                                                 Nathan Rocha

domingo, 27 de novembro de 2011

Isotônicos

Durante a prática de uma atividade física intensa, o nosso corpo perde uma quantidade significativa de água e eletrólitos. A desidratação causada pelo esforço físico pode influenciar negativamente no desempenho do atleta. Dessa forma, é fundamental que seja feita a reposição hídrica e eletrolítica. Quando o exercício não ultrapassar 1 hora de duração, a reposição pode ser feita com água. Mas, quando o exercício for mais prolongado e intenso, é recomendada a ingestão de um repositor hidrolítico, devido a grande perda de sais minerais.

As bebidas isotônicas são as recomendadas neste caso. Elas são formuladas com nutrientes que permitam o alcance e/ou manutenção do nível apropriado de energia para atletas¹ e possuem uma pequena quantidade de carboidrato em sua composição. Os isotônicos têm sua concentração de eletrólitos e a pressão osmótica semelhante a do nosso corpo, fazendo com que sua absorção seja mais rápida.


“As pessoas andam usando isotônicos de forma exagerada, inclusive crianças. O aumento de 60% nos últimos cinco anos no consumo de bebidas isotônicas fez com que a Anvisa mudasse a classificação de ''alimento para praticantes de atividade física'' para ''alimento para atletas''. Segundo a Anvisa, as bebidas isotônicas são alimentos para fins especiais classificadas como suplementos hidroelétrolitico para atletas, destinados a auxiliar a hidratação, com osmolalidade entre 270 a 330 mOsm/kg água no produto pronto para o consumo.” ²

A ingestão de forma inadequada dos isotônicos pode trazer grandes problemas para a saúde. Só deve ser consumido se houver a necessidade de ser feita a reposição hídrica e eletrolítica, caso isso não seja necessário e houver a ingestão, o excesso de sais no sangue desencadeará um agravamento no quadra de doenças crônicas como a diabetes e hipertensão.

Referências Bibliográficas:

Ana Lídia F. Lopes